Desértico
Desértica raiz de pedra que teima
Excitante olhar desta escuridão
Bruma do amor invisível queima
Fogo fátuo de hiante observação.
Lentidão é vereda da tua fleima
Do áureo promíscuo deste coração
Amargura inteira aqui nesta flama
Caso cínico da consternação
Desertos que escreves tais letras vis
No anteparo sinistro de tal metal
Como Pandora que abriu o imortal.
O sangue escorre na pedra dos perfiz
Lava a alma do homem ancestral
Na toca do Anjo Negro sortes servis.