A RAPARIGA...
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Descia pela rua, nas calçadas,
A bela rapariga, tão faceira,
Os homens com as vistas dilatadas
Olhavam-na febris, de alma inteira!...
A saia muito curta e agitada,
A cada passo dado rumo á feira,
A rua estava toda encantada
Com aquela rapariga tão brejeira...
O vento é que é sortudo, se dizia;
Apalpa a moça toda, cheira tudo,
E sai correndo e rindo na poeira...
Um velho olhando a linda se benzia;
O olhar arregalado, pasmo, mudo,
Queria ser o vento em corredeira!...
Arão Filho.
São Luís-Ma, 07 de Dezembro de 2012.