Enlouqueço
Sim, não deveria, mas confesso que morro de ciúmes,
Só de imaginar que outros braços te abracem,
Que ouças outros que não mais os meus queixumes,
Que eu não mais seja teu centro, esteja à margem.
Sim, enlouqueço e devo, constrito, confessar,
Que sofro ao imaginar outro tocando teus detalhes,
Como toquei por anos, dias e noites a te amar,
E hoje sofro só, calado, sem ter com quem mais fale.
Sim, sofro pois tanto te amo e, no entanto,
Já não mais a tenho, já não mais és minha mulher,
Teus lábios nem mesmo mais secam meu pranto,
Beijam os lábios de um outro homem qualquer.
Sim, tudo isto me enlouquece, me alucina,
Me faz insano, louco, demente, desvairado,
O saber que já não mais és minha menina,
Que não mais sou teu homem, que sou teu passado.
Sim, não deveria, mas confesso que morro de ciúmes,
Só de imaginar que outros braços te abracem,
Que ouças outros que não mais os meus queixumes,
Que eu não mais seja teu centro, esteja à margem.
Sim, enlouqueço e devo, constrito, confessar,
Que sofro ao imaginar outro tocando teus detalhes,
Como toquei por anos, dias e noites a te amar,
E hoje sofro só, calado, sem ter com quem mais fale.
Sim, sofro pois tanto te amo e, no entanto,
Já não mais a tenho, já não mais és minha mulher,
Teus lábios nem mesmo mais secam meu pranto,
Beijam os lábios de um outro homem qualquer.
Sim, tudo isto me enlouquece, me alucina,
Me faz insano, louco, demente, desvairado,
O saber que já não mais és minha menina,
Que não mais sou teu homem, que sou teu passado.