DESERTO

Um vazio que procura preenchimento

fio condutor que ao nada se conecta

avivando um sem fim de sofrimento

vaga no tempo e o próprio tempo veta.

Traz no peito um sentir sem sentimento

não há choro, não há o riso, não há meta

é pleno de dor e sufocamento

vida sem alimento, nada resta.

E assim o tempo vaga no vazio

sem o brilho que oferta a viva esfera

há sempre nada, vaga só quimera

é rio sem curso, dias sem primavera

olhar imerso em oceano bravio

é esperança que morre na espera.

JP04122012

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 06/12/2012
Reeditado em 06/12/2012
Código do texto: T4023291
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.