Cenas da vida ribeirinha
O pescador dormita na canoa
flutua o lambari, que é boa isca,
mas peixe grande nem sequer belisca,
nem pousa, o passarinho, sobre a proa;
o tempo, calmamente, assim se escoa,
e peixe algum, pegá-la não se arrisca,
piraputanga vem, demais de arisca,
e o dia, ágil garça, passa e voa;
o sol se pondo lento, tinge a tarde,
os pássaros se vão, fazendo alarde,
em busca do calor dos seus ninhais;
e o pescador, remando, vai-se embora,
consigo leva a paz que ali vigora,
deixando na água seus profundos ais.
Cuiabá, 6 de Dezembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 56
O pescador dormita na canoa
flutua o lambari, que é boa isca,
mas peixe grande nem sequer belisca,
nem pousa, o passarinho, sobre a proa;
o tempo, calmamente, assim se escoa,
e peixe algum, pegá-la não se arrisca,
piraputanga vem, demais de arisca,
e o dia, ágil garça, passa e voa;
o sol se pondo lento, tinge a tarde,
os pássaros se vão, fazendo alarde,
em busca do calor dos seus ninhais;
e o pescador, remando, vai-se embora,
consigo leva a paz que ali vigora,
deixando na água seus profundos ais.
Cuiabá, 6 de Dezembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 56