O poeta e a realidade.
Que tristeza, quanta melancolia!
Quem me dera ser fantasia!
Mas a realidade responde ao que lia:
Não deixes de ser o que te comovia...
Então o poeta pergunta chorando:
Por que tanta amargura?
E a realidade responde cortando:
Não queres morrer de ternura...
Relutando em aceitar a realidade,
O poeta grita maldizendo a mesma:
Não poderias ser simples criação humana?
Mas, esnobe, a realidade diz a verdade:
Fica muda e, soberba,
Surge em sonhos profana...