Rosa Negra

De espinhos longos, pétalas escuras,

Cresce..., ah!, cresce, bela e florescente,

A rosa que não cresce noutra gente;

Que não cresçam saudades e tristuras.

E expõe suas mil faces, tão impuras,

E exala seu perfume entorpecente,

E cresce..., como cresce!, cresce rente;

À árvore apodrecida das venturas.

Suga, p'ra sua seiva enegrecida,

Esta rosa, a minh'alma, minha vida...

Rosa negra, oh! vil rosa conspurcada,

Por que fui te plantar?! Que grande enfado!

Ah!, como pude ser tão enganado?!...

Acreditado, o amor, ser flor dourada?!