Feérico
Em prol dos versos claros e cintilantes...
Poetizarei farto em liras puras;
— Rimaríeis à frente a ilusão distante?
Ó precisa nuança; de linhos e fulguras.
Ah! Sois vós o terno versar das juras!...
— E vós daríeis amor casto cambiante?
Poetizas fulgor, e, sois brilhante.
No delírio dantesco da loucura!...
Versando eu aplaino; saúdo brandura
Adorno o teu mundo inventado!...
E vivo sob o cabresto da ternura!...
Na prosa; universo em ventura;
Contorno o profundo Eldorado.
E rendo-me aos carinhos que me curas.
(Airton Ventania)