Seu Nicefo
Edir Pina de Barros
Seu Nicefo, artesão da beira rio,
de Bom sucesso, vila sossegada,
trançava o seu jacá de madrugada,
no alvorecer do dia, ainda frio.
Na barranca, a taboca preparada,
o cipó, coletado em pleno estio,
- como ele mesmo, fino e tão esguio -
na relva, verde e úmida, orvalhada,
erguia, aos poucos, um belo jacá,
à beira do formoso Cuiabá,
com suas sábias mãos, tão calejadas.
E, vendo o pescador nessa labuta,
ouvindo sua fala, sábia e astuta,
senti-me igual anhumas nas aguadas.
Cuiabá, 2 de Dezembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 60.
Edir Pina de Barros
Seu Nicefo, artesão da beira rio,
de Bom sucesso, vila sossegada,
trançava o seu jacá de madrugada,
no alvorecer do dia, ainda frio.
Na barranca, a taboca preparada,
o cipó, coletado em pleno estio,
- como ele mesmo, fino e tão esguio -
na relva, verde e úmida, orvalhada,
erguia, aos poucos, um belo jacá,
à beira do formoso Cuiabá,
com suas sábias mãos, tão calejadas.
E, vendo o pescador nessa labuta,
ouvindo sua fala, sábia e astuta,
senti-me igual anhumas nas aguadas.
Cuiabá, 2 de Dezembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 60.