Enchente
Edir Pina de Barros
A enchente muda rápido demais
a vida, na baixada cuiabana,
as águas vão cobrindo os pés de cana,
as roças de mandioca dos quintais,
e engole e leva muitos animais,
que vão parar distante, na savana,
enquanto apita, ao longe uma chalana,
que singra o rio, rumo aos pantanais.
Em cima dos telhados, as galinhas
- e muitas são das casas mais vizinhas -
aflitas cantam, longe de seus ninhos.
A enchente deixa a vida sem fronteiras,
as águas beijam portas - as soleiras -
e pescam, da varanda, os ribeirinhos
Cuiabá, 2 de Dezembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 52
Edir Pina de Barros
A enchente muda rápido demais
a vida, na baixada cuiabana,
as águas vão cobrindo os pés de cana,
as roças de mandioca dos quintais,
e engole e leva muitos animais,
que vão parar distante, na savana,
enquanto apita, ao longe uma chalana,
que singra o rio, rumo aos pantanais.
Em cima dos telhados, as galinhas
- e muitas são das casas mais vizinhas -
aflitas cantam, longe de seus ninhos.
A enchente deixa a vida sem fronteiras,
as águas beijam portas - as soleiras -
e pescam, da varanda, os ribeirinhos
Cuiabá, 2 de Dezembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 52