SONETO DOS CIÚMES
Não deixes, minha amiga, envenenar a alma
Que o veneno dos ciúmes pode ser fatal
Quero a tua razão completa e com mais calma
E que este nosso bem não degenere em mal...
Não te imagino como oceano temeroso
Ficando eu no triste leme esfarrapado;
Que este amor em ti se torne generoso
E que ele cresça como um bem abençoado.
Não quero, amor, que nesta geena te consumas
Nem percas para sempre a tua identidade
Mas, sim, que nesta confiança te presumas
Contendo em tuas mãos a plena felicidade.
Se esse ciúme, for p’ ra ti abrasador,
Liberta dele a tua alma com vigor!
Frassino Machado
In FRAGMENTOS DE VIDA