NA TORRE À MEIA NOITE

Vai o Poeta para a Torre à meia noite,

Vers'jar sobre o estar só, sempre só, só!

Os versos fazem com que ele se afoite,

E o reduzem a pó, cinzas e pó!

Ouve o bater com força à porta, à porta,

É Eugène, o bom mordomo que se apressa:

- "Lady Esther está morta, está morta!...

Morreu na madrugada desta Terça!...

Mas deixou-lhe um bilhete, Amo, um bilhete,

Em um triste, em um triste ramilhete!..." -

- "Leia-o, meu bom Eugène, leia-o, sim!?..."

"Se és incapaz de amar-me, ó triste sorte,

Prefiro, Amado, a Morte, a Dor da Morte,

Que a tua triste e fria Torre de Marfim!..."