LENÇÓIS DE LINHO
Na minha solidão vejo um vestido,
E junto um lenço meu manchado a vinho.
Meu suor a umedecer o lençol de linho
Que das marcas do amor fez-se torcido.
Arde o meu coração, pulsa incontido,
Neste leito onde deito-me sozinho
E amargo o meu fel, dói-me o espinho
Na carne onde o prazer perde o sentido.
Rasgo o vestido, o lenço, apago a luz;
Nela não penso e até benzo-me em cruz,
N’alma e no corpo eu pago um alto preço.
Eu sonho que no leito estamos nós,
Aqui em nosso ninho a ouvir-lhe a voz
E entre lençóis, sozinho, eu amanheço.
_______________
Ouça>
http://www.youtube.com/watch?v=MQ7eoa-JX34
Na minha solidão vejo um vestido,
E junto um lenço meu manchado a vinho.
Meu suor a umedecer o lençol de linho
Que das marcas do amor fez-se torcido.
Arde o meu coração, pulsa incontido,
Neste leito onde deito-me sozinho
E amargo o meu fel, dói-me o espinho
Na carne onde o prazer perde o sentido.
Rasgo o vestido, o lenço, apago a luz;
Nela não penso e até benzo-me em cruz,
N’alma e no corpo eu pago um alto preço.
Eu sonho que no leito estamos nós,
Aqui em nosso ninho a ouvir-lhe a voz
E entre lençóis, sozinho, eu amanheço.
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http://www.youtube.com/watch?v=MQ7eoa-JX34