Depois de mim.

Deite-me sob o campo, onde o descampado tem o azul celestial

Não notes se sorrio ou entristeço, pelos vãos de minha quietude

Dobre-me sobre a paz, que adorna todos os felizes deste quintal

Pois aqui ainda, sobram-nos as vigilâncias de tal mórbida virtude

Conte de todos os nadas que tive, antes fora, minha linda família

Meus amores e meu vício, que atribuo à aquiescência dos vazios

Que me foi mole, confrontada a dano da ante paciência da arrelia

Deite-me sob o campo, onde todas as aguas escorem para os rios

E que as aguas sejam pelo amor que não mais consagrarei por aqui

Sobre os límpidos olhares que esperavam mais, deste aquieto Davi

Dos louvares que tentei conquistar, regando rosas, dos fiéis jardins

Que a fonte das magoas sequem, depois de minha furtiva partida

Deixando sem sede todos achaques, que aquietados se fez dorida

Avizinhar-me da luz, em que seus versos oram, sem os antes afins.

........... “ Catarino Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 01/12/2012
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