O Ocaso Precede a Noite
O Ocaso Precede a Noite
Jorge Linhaça
Quando a noite cai, e tudo escurece,
Quando as trevas a tudo engolem
Quando os medos aos homens recolhem
Quando no peito o que resta é uma prece
Não foi a obra do mero acaso
Pois que as trevas vem lentamente
São a colheita da torpe semente
Que foi crescendo na luz do ocaso
Toda seara produz o seu fruto
Tudo se colhe do que for plantado
Se hoje colhemos as flores do luto
É que esquecemos em tempo passado
De semearmos o bem impoluto
Para brindarmos ao triste pecado.
Salvador, 1 de dezembro de 2012
16:51
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