Vaticínio


Meu dedo anular esquerdo apresenta, ainda,
Indelével, a marca desfeita deste amor insano,
De um amor que juraste eterno e que se finda,
Que juraste infinito e que se acabou em poucos anos.

Em meu peito, onde hoje bate em descompasso,
Um pobre coração apaixonado, de menino,
Que sofre por teu amor, sem saber o que faço,
Para esquecer-te, para cumprir meu destino.

É certo que um dia conseguirei te esquecer,
Dos bons e maus momentos vividos juntos,
Da suprema luta até mesmo para te merecer.

Mas, que se cumpra meu maior e firme desejo:
A perder-te, que jamais retorne ao mundo,
E que meus lábios jamais sintam outro beijo.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 01/12/2012
Reeditado em 30/09/2013
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