LÁGRIMAS DE FANTASMAS

Almas ocultam lágrimas sidéreas

Em sagrados turíbulos prateados;

Lágrimas de fantasmas, sempre etéreas,

A derramar-se em céus, sempre enluarados.

Caem pelos campos astrais das matérias,

Em orvalhos marmóreos, estrelados;

Exala ao ar o odor de flores funéreas

Que a tudo envolve, em véus frios, encantados.

Em constantes diluências marcessíveis,

Encerradas na luz de azuis sensíveis,

Resplendem em letíficas estrelas,

São tristíssimas lágrimas dolentes,

Bálsamo para as almas febris, doentes...

Causa-me convulsões de choro ao vê-las!