Meu derradeiro canto
Qual cisne que ao se despedir de seu único amor
Ou ao pressentir a chegada da própria morte entoa
Seu derradeiro canto, pungente, repleto de dor,
Calando a todos os demais, solene, enquanto ressoa.
Hoje lanço aos ares meu mais sofrido lamento,
Ao saber que te perdi, que não mais te terei a meu lado,
Em tardes baldias, em noites vazias plenas de sentimento,
Cesso meu canto, não mais comporei sonetos, serei calado.
Ora abandono a poesia, não mais tenho a musa comigo,
Ela me inspirava, me conduzia ao céu, ao purgatório,
Ao inferno, ao infinito, em torrente de paixões, incontido.
Ora cesso meu canto, perdi o único bem que me restava,
Esta mulher amada, querida, idolatrada, meu responsório,
Que se foi assim, solene e indiferente ao quanto eu a amava.
Qual cisne que ao se despedir de seu único amor
Ou ao pressentir a chegada da própria morte entoa
Seu derradeiro canto, pungente, repleto de dor,
Calando a todos os demais, solene, enquanto ressoa.
Hoje lanço aos ares meu mais sofrido lamento,
Ao saber que te perdi, que não mais te terei a meu lado,
Em tardes baldias, em noites vazias plenas de sentimento,
Cesso meu canto, não mais comporei sonetos, serei calado.
Ora abandono a poesia, não mais tenho a musa comigo,
Ela me inspirava, me conduzia ao céu, ao purgatório,
Ao inferno, ao infinito, em torrente de paixões, incontido.
Ora cesso meu canto, perdi o único bem que me restava,
Esta mulher amada, querida, idolatrada, meu responsório,
Que se foi assim, solene e indiferente ao quanto eu a amava.