Soneto do Adeus
Feliz é o animal, que vê a vida
Como algo que nunca vai ter fim
Por isso nenhum sofre como a mim
E minha existência está perdida
Nada vejo de bom na natureza
Nada é belo, nem jardim e nem flores
Reais são as razões para minhas dores
Que enchem este meu peito de tristeza
De tanto maltratar meu coração
Apenas uma coisa ele hoje implora:
Que venha logo a libertação
E fiquem pra trás as dores de outrora
Se apague o passado de solidão
Pois eis que enfim chegou minha hora