Soneto da Dor
Desejei da brancura desse papel, possuir sua inocência
Mas corrompi tão alva beleza com o sangue negro da caneta
Lutando com desespero às portas da demência
Enquanto a Dor toca alto e estridente sua trombeta
...
Observo a Dor gozandu jubilos ante mim
Enquanto flagelo tão grande brancura com meus medos
Oh! Porque é sempre assim?
Observo impotente a inocencia me escapar entre os dedos
...
Desejo dormir para não ver os crimes que cometo
Ou acordar desse pesadelo escuro
Acalmar a furia em meu peito
...
Enquanto sem forças sussurro
Me livrarei de ti oh Dor, de qualquer jeito,
De sua prisão hei de atravessar o muro!!