Maneco [ com Renan Tempest ]
À sombra de uma cruz eu vi um leito,
Resplendendo à luz pálida e sombria!
Era um poeta quem ali jazia,
Gênio que fora tão jovem desfeito…
Levava a magra mão sobre o seu peito,
Com a outra, um êneo verso ele escrevia,
Luzente como o sol do meio-dia;
Um ser tão moribundo! À dor afeito!
Chorei naquela noite triste e fria
Lágrimas de alegria, dor e preito,
Ao ver que era meu mestre quem eu via...
Porém, a vida em lúgubre despeito
Colheu-lhe a flor sagrada; Ele morria!
Oh dores! Oh poeta! Oh fim perfeito!
27 de Novembro de 2012
1º quarteto e terceto - Renan Tempest
2º quarteto e terceto - Nestório da Santa Cruz
*Soneto em homenagem ao maior poeta Ultrarromântico do Brasil: Álvares de Azevedo, o Maneco.