Amo alguém
Amo alguém como a imensidão do infinito,
Só de amar encontro-me eu em mar supino
Meus amores, meus fervores, meu destino,
Mesmo rude a paixão, lanço o meu grito.
Se algum dia me encontrar senil avito,
Amarás a norma do meu figurino.
Te gabando com meu verso alexandrino,
Tu verás um grande amor no meu escrito.
Doravante eu cá, no cume da jornada,
Vida inteira no desuso do desdém
Caminhei nos trilhos desta longa estrada,
Por amar somente à ti, me fiz refém,
Tudo é vero, nunca houve aldrabada
E, seguindo meus caminhos, amo alguém.