Abandono
Edir Pina de Barros
Um cão, na chuva, não distante, chora,
seu uivo triste a noite escura corta,
escutam, sim, porém ninguém se importa,
nem mesmo quem o amara tanto, outrora;
seu pranto ecoa pela rua afora,
a dor que sente o corpo não suporta,
não quer o antigo dono abrir-lhe a porta,
àquele velho amigo, que lhe implora.
Cansado e só, enfrenta esse duelo,
com fome e frio luta contra a sorte
(aquele que era o guia está sem norte);
perdido, sem carinho, sem anelo,
enfrenta o triste fim, o seu flagelo,
atroz, bem mais atroz que a própria morte.
Brasília, 26 de Novembro de 2012.
Estilhaços, pg. 104
Edir Pina de Barros
Um cão, na chuva, não distante, chora,
seu uivo triste a noite escura corta,
escutam, sim, porém ninguém se importa,
nem mesmo quem o amara tanto, outrora;
seu pranto ecoa pela rua afora,
a dor que sente o corpo não suporta,
não quer o antigo dono abrir-lhe a porta,
àquele velho amigo, que lhe implora.
Cansado e só, enfrenta esse duelo,
com fome e frio luta contra a sorte
(aquele que era o guia está sem norte);
perdido, sem carinho, sem anelo,
enfrenta o triste fim, o seu flagelo,
atroz, bem mais atroz que a própria morte.
Brasília, 26 de Novembro de 2012.
Estilhaços, pg. 104