A vida de um poeta...
Eu não sinto o que não vivi
Com intenção de existir,
Pois há muito vivi e há pouco morri,
Mas confusamente vão os dois se imiscuir...
Um é a vida e o outro, a morte,
Mas entenda bem a minha sorte:
Morto como vampiro, vivo ao norte
Mirando o fim do meu forte...
O meu forte é a minha loucura,
Que, entre tantas idas e vindas,
Cessou com a minha doçura...
Um doce mortal de lindas
Musas de cujas poesias não estão à altura,
Mas considero a mortal vida finda...