A vida de um poeta...

Eu não sinto o que não vivi

Com intenção de existir,

Pois há muito vivi e há pouco morri,

Mas confusamente vão os dois se imiscuir...

Um é a vida e o outro, a morte,

Mas entenda bem a minha sorte:

Morto como vampiro, vivo ao norte

Mirando o fim do meu forte...

O meu forte é a minha loucura,

Que, entre tantas idas e vindas,

Cessou com a minha doçura...

Um doce mortal de lindas

Musas de cujas poesias não estão à altura,

Mas considero a mortal vida finda...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 26/11/2012
Reeditado em 26/11/2012
Código do texto: T4005977
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