COMPORTAS
Eu necessito destrancar as minhas portas...
Agora parto para o mundo navegar!
Por estes anos, no meu rio, tantas comportas...
Mal tive tempo de no fluxo deslizar...
Tão vãos sorrisos, entre mil palavras mudas,
No meu entorno... o nada estava a ecoar...
Só me perdi nas falsas trilhas absurdas
Da vil cartilha , mais um mártir a agonizar!
Meu novo engenho já dispensa as fechaduras
Eu nem consigo a solidão imaginar!
Agora sigo sem curvar-me às clausuras...
No meu caminho... só o verso a me guiar!
Em qualquer rima , sou só um hino à liberdade,
Se sou saudade...sou puro amor a gotejar!
Sp, 28/09/2006