AGORA SÓ

Sim, já passou... Embora eu não quisesse...

Havia até algum valor no medo,

Eu guardaria como meu segredo

A pena que o culpado não merece.

Seria um bom motivo para a prece

Que aos céus sempre fiz, desde muito cedo,

Depois seria alegre o triste enredo,

Como recordação que não se esquece...

Era meu... E orgulhoso eu ostentava,

Qual quem a sua própria cova cava.

Mostrou-se torpe a decisão não minha...

Pois que o tempo, por isso, não parou...

Foi uma pedra que me derrubou

Na estrada em que minh'alma vai sozinha...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 25/11/2012
Código do texto: T4004686
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