SATISFAÇÃO
Apenas pelo fato do consumo,
satisfiz-me num agridoce ensejo,
numa ânsia louca de asas sem voejos,
a degustar um saboroso sumo!
Que, sem prová-lo, perco todo o rumo,
e num óbolo, quando sempre a vejo,
meus olhos ávidos, sem sentir pejo,
numa necessidade que, ora assumo,
buscam esse alvo como numa meta,
a própria poesia busca o poeta,
para a satisfação, enfim, do ego...
Embora o poema nunca o satisfaça,
é possível que o poeta sempre o faça,
em busca da satisfação, não nego!