SATISFAÇÃO

Apenas pelo fato do consumo,

satisfiz-me num agridoce ensejo,

numa ânsia louca de asas sem voejos,

a degustar um saboroso sumo!

Que, sem prová-lo, perco todo o rumo,

e num óbolo, quando sempre a vejo,

meus olhos ávidos, sem sentir pejo,

numa necessidade que, ora assumo,

buscam esse alvo como numa meta,

a própria poesia busca o poeta,

para a satisfação, enfim, do ego...

Embora o poema nunca o satisfaça,

é possível que o poeta sempre o faça,

em busca da satisfação, não nego!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 25/11/2012
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