Enquanto ruma às águas...
As sépalas fulguram os bons anelos.
Há pétalas, e, impuro pensar, entanto;
E os tons mates, puros qual um santo;
Na métrica dos vates e dons singelos.
Nas venturas da rima; puro encanto!...
No recanto; nas juras e nos apelos.
Ouço a cantiga pura em todo o canto;
... alumiando flores nos cabelos!...
Outrora, no silêncio, jazia o selo;
E nas horas miradas cá cutelo.
Eram fartos suplícios entre plumas.
Ah! Aurora florida que se esfuma!...
No adorno; – escuma, lã e velo!...
Sobre um mar coberto de brumas!...
(Airton Ventania)