ÚLTIMA PEÇA.

Silencio... Sem aplausos na última cena

De nossa peça ( sem ensaios) desta vida!
Que jamais tu me lamentes, alma querida:
Não chores, não culpes nada, nem sintas pena!

O bardo cessa novamente a cantilena,
(Buril que lapidava a dura e árdua lida!)
Liras de amor ( Poesia !) , única saída
No anfiteatro amargo de nosso palco arena!

Cantos de dor, paixão, estrofes dum passado;
Historias sem glórias num corpo amargurado,
Mas que a alma envaidecida teima em editar!

Poeta insano que ri, mas de dor padece...
Que manda ao Céu , serena e reverente prece,
E, ao mesmo tempo, chora e grita a blasfemar!
 





Fundo Musical: SUMMER OF 42 ( Eduardo Lajes)
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Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 24/11/2012
Reeditado em 08/08/2019
Código do texto: T4003259
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