CHORAR E SOFRER COM A NATUREZA
Chorar: riacho nascido dos meus olhos,
Sofrer: doce secura da minha alma;
Palavras que não me tiram a calma,
Palavras assim brotam vários molhos.
Amar tem a pureza da paz de Abrolhos,
Jamais seria no seco areal a palma,
A doce água talvez fosse; me acalma
Saber que me recolho tal qual antolhos.
As flores como se fossem crianças
Respeito-as, todas são doces e mansas,
As águias, belas, sempre decididas.
Cascatas sempre ricas quanto Midas
Despejam as mais límpidas bebidas
Nas matas tão sedentas de esperanças.
(VictorAMPinheiro)