Dai-me lírios e juras.
No jazer das ruínas, há martírios! ...
A glória era um voto sem praga.
Na esquina das sombras jaz o lírio!...
E apenas o silêncio se propaga.
Nas histórias, troto em delírios...
Maior e puro alento em plaga;
Mas o tempo imoto não se apaga;
E eu vôo nas asas do podalírio!...
Ah momento sublime da alienação.
Insânia e loucura, sem nexo, em vão;
... do sexo que procura o seu círio!...
Momento que exprime toda cura;
Nas nuanças precisas do coração!
Dai-me amor, dai-me lírios e juras.
(Airton Ventania)