Dai-me lírios e juras.

No jazer das ruínas, há martírios! ...

A glória era um voto sem praga.

Na esquina das sombras jaz o lírio!...

E apenas o silêncio se propaga.

Nas histórias, troto em delírios...

Maior e puro alento em plaga;

Mas o tempo imoto não se apaga;

E eu vôo nas asas do podalírio!...

Ah momento sublime da alienação.

Insânia e loucura, sem nexo, em vão;

... do sexo que procura o seu círio!...

Momento que exprime toda cura;

Nas nuanças precisas do coração!

Dai-me amor, dai-me lírios e juras.

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 23/11/2012
Código do texto: T4001727
Classificação de conteúdo: seguro