Imortal inspiração

Solenemente bela, tal hipnose

Ressurge dos solenes desafetos.

Nem mesmo o pranto vil de mortos fetos

Desencanta a feição dessa overdose.

Do sádico distúrbio de neurose,

Ouço o grito espectral de sons concretos.

Serão fantasmagóricos dialetos

Do som d'uma carnal metamorfose?

Serão perturbações dos meus fantasmas?

Serão as crises sádicas das asmas?

Perdi-me na loucura da razão...

Não sou sofista, sou somente um louco

Que grita - mesmo estando quase rouco -

Os versos da imortal inspiração!

22/11/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 23/11/2012
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