Louco e solitário

Amarguradamente, sem razão,

vivendo só, e perigosamente,

ando falando só, e em minha mente

eu crio imagens mil, pura ilusão.

São fortes cenas, marcas de um passado

inda presente e vivo na memória,

imagens dolorosas de uma história

em que me sinto triste, acabrunhado,

história de um amor não resolvido,

uma impossível, colossal paixão

que me prostrou e ainda continua

em minha mente louca. Eu tenho sido

um louco e, agora só e sem razão,

sou pobre louco, que namora a lua.