Sob o chão de minha alma
Prostrado sob o chão de minha alma,
olhos sedentos, pela noite escura,
calma, nua, sem estrelas, sem lua,
te procuro no céu! Oh, loucura...
Isolado e condenado em mim mesmo,
implorei ao tempo que passasse,
que os dias logo acabassem, pois sei,
se houver tempo, invento tempestades.
Levanto-me: eis que o sol renasce!
Em um movimento supero o abismo,
e volto à vida, ao tempo e à razão!
Não há motivos para ser feliz,
nem alguém a quem amar... Estou só,
e estar só é o começo de amar!