NUNCA MAIS...

(soneto gótico.... brincando com os temas...)

Ouvi a voz da morte em mim soprando,

A fúnebre cantiga d’alma triste,

Um coro melancólico qu’ insiste,

Cantar em voz uníssona chorando...

Na tua sepultura vai passando,

O tempo, repetindo que partiste,

Que ora, dói-me ainda (me feriste!),

Ao ir-te para o túmulo findando...

Nos dias desta vida que me resta,

Eu venho à tua lápide, abrigo,

Molhar as tuas flores com meu pranto...

Mas, sei amor, que breve será festa,

Irei dormir eterno, sim, contigo,

Em nossas carnes podres, nosso manto...

Arão Filho

São Luís-Ma, 22 de Novembro de 2012.