D'antes qu'eu morra

D'antes qu'eu morra, faço este improviso

Que retrata a doçura desta Vida.

Esperando do Laço a despedida...

Eu canto as projeções do Paraíso.

Na oscilação do som d'um mudo riso,

Eu sempre vi a mágica torcida.

E, na vaga ilusão adormecida,

Encontrei a canção de que preciso.

As vértebras dorsais do labirinto

Retratam coisas sacras qu'eu não sinto...

Neste meu grande tórax de primata.

As vísceras do acústico carrasco

Desbotam as lembranças de churrasco...

Enquanto verso o Tempo em serenata!

20/11/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 22/11/2012
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