COLUNA DE NUVEM
A sacra terra, o alvo da cobiça,
Seus cidadãos, a sua paz querendo,
Mas cruzam nos altos céus rangendo
As setas da maldade desta liça.
Aos olhos duma cruenta injustiça,
A terra ergue-se do monturo horrendo,
Ativa o domo de ferro, tremendo,
Pela liberdade e pela justiça.
Mas quem quis que falhasse a profecia
Dum povo ter de novo a terra amada,
Voltou ao seu covil na névoa fria.
Pois muitos anos a terra sagrada,
Tolera, já, desses loucos, a teimosia,
Mas sempre foi a bem-aventurada.
(YEHORAM)