O DESPIR DELA...

A tarde luminosa em morno poente,

Desce em dobras roxas pelos espaços,

Lembra a camisa, a despir molemente,

Seu corpo pra volúpia dos meus braços.

E, ao passar no cume da montanha,

A tarde para, suave e maliciosa,

Imita a camisa que leve arranha,

Os seus delicados seios cor-de-rosa.

Se, vai caindo e vacila e demora,

Mais nos seus quadris, que a luz adorna,

Faz-lhe ruborizar, de paixão e pejo.

O poente mesmo com todo esplendor,

Não tem a sua beleza, seu calor,

Nem a doce ternura do seu beijo.

Aprendiz das Letras
Enviado por Aprendiz das Letras em 19/11/2012
Reeditado em 11/07/2013
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