POBRES MORTAIS
Tão arrogantes e presunçosos,
Tão ávidos em julgar,
Tão críticos e orgulhosos,
Sabem de tudo só no olhar.
Julgam-se mui sábios,
Têm ao seu lado o conhecimento,
Não se importam com os ressábios,
O que importa são os seus pensamentos.
Mas de repente ficam doentes
E aí aflora seu lado deficiente,
Dependem dos outros e já não são fortes.
O semblante cai, aflora a humildade,
Suavizam a voz, buscam a bondade,
Pois vão ter que encarar a morte.