SOTURNO


Quando cambaleante vagueia
Meu pensamento alçante
A passear em voos rasantes
Na minha alma desencadeia.

Ah! Este fogo que incendeia
A queimar meus pés errantes
Neste deserto sussurrante
A consumir meu corpo que tateia.

Um GRITO! Revela meu lamento.
Feito um tênue sopro de vida
A derramar da minha taça servida
Meu pedido, a pairar em desalento!

Ó dor! Angústia dos meus ais!
Tuas marcas não me deixam jamais.

Belém, 10/10/07 – 18h45
Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 18/11/2012
Código do texto: T3992904
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