Soneto do anjo
Um anjo pousou em meu ombro
soprando tons em língua elevada
sublimando minha alma aos céus
estrelados de sentimentos.
Anjo teimoso, quanta timidez!
Não temo, porém, seu sumiço
dele provem o cobiço de desinibir asas
e voar – de encontro.
Anjo de mil toques profundos
de pensamentos profusos
no negro abismo desse olhar – recaí.
No colo de sua paciência adormeci...
Imprimiste em meu verso e anverso
o mar, céu de existência.