Soneto de uma prostituta

Não mais do que uma Vida duvidosa...

Em caminhada errante, sem Louvor;

Sem créditos, isenta de Valor...

Uma Vida a esmo, dura e desditosa.

Impávida Mulher... Tristonha rosa;

No seio familiar - atroz langor!

Nas Pálpebras cansadas - dissabor!

Mulher de faculdade langorosa...

Aspecto flébil; lúbrico marasmo!

Um sofrer retraído, manso e sonso...

Sono que se traduz em vil espasmo!

Ofício entre delírio e chão absconso;

Martírio ao som de tétrico responso...

Viver na encenação d'um falso orgasmo!

16/08/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 17/11/2012
Código do texto: T3991459
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