Soneto de uma prostituta
Não mais do que uma Vida duvidosa...
Em caminhada errante, sem Louvor;
Sem créditos, isenta de Valor...
Uma Vida a esmo, dura e desditosa.
Impávida Mulher... Tristonha rosa;
No seio familiar - atroz langor!
Nas Pálpebras cansadas - dissabor!
Mulher de faculdade langorosa...
Aspecto flébil; lúbrico marasmo!
Um sofrer retraído, manso e sonso...
Sono que se traduz em vil espasmo!
Ofício entre delírio e chão absconso;
Martírio ao som de tétrico responso...
Viver na encenação d'um falso orgasmo!
16/08/2012