Fúnebre Recordação
Não me fales de esperança.
(Fagundes Varella)
Eu hoje, refletindo sobre a vida,
Nos lances miseráveis do sofrer;
Lembrei de minha doce amada — Aida!
De quando ela tão cedo foi morrer....
Nem beijo! Nem sussurro em despedida!
Nem lágrima ou abraço eu pude ter!
Estava tão serena, ali despida...
Que eu juro: parecia inda viver!
A chuva lhe beijava a face fria,
Lancei-me a padecer na escura via,
Gritei seu nome em plena escuridão!
E num ato magoado de loucura,
Lancei-me em direção da sepultura,
Deitei-me p'ra aguardá-la no caixão.