Ó VIDA MINHA...
Ó vida minha, que cavo a sepultura!
Assim sou desde que me dei por gente,
Não vejo a felicidade, e sim tortura,
Nem o choro na face findar contente.
Se busco, sincero, u´a vida de ternura,
Eu acho a dor, a irritação tão quente,
Maculo o sacro olhar, ó desventura!
Converto o riso em pranto estridente.
Sinto a confusão em mim ferver,
E tudo que era lindo, perverter,
Ruir em dor, tristeza e depressão.
Mas vendo a cova funda já cavada
E toda a minha sorte enterrada,
Com ela, vejo o amor em um caixão.
(YEHORAM)