CIÚME, O TIRANO

Minh´alma de ciumes anda ardendo,

Ateia-te chamas, chamas bravosas,

A mente doentia anda perdendo

O brilho da paixão e olor das rosas.

Vai longe a cegueira, estou vendo,

O imaginário arde brasas teimosas,

Rompe a beleza e vai mexendo

Com turvas águas ruidosas.

O mar toldando negro e bravio,

A bonança afugentada em vento frio,

E logo se afoga, a calma, no oceano.

Foi assim no início, belos amores,

Que já gozaram dias, beijos e flores,

Hoje só beijam beijos de tirano.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 16/11/2012
Reeditado em 18/07/2013
Código do texto: T3989686
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