CIÚME, O TIRANO
Minh´alma de ciumes anda ardendo,
Ateia-te chamas, chamas bravosas,
A mente doentia anda perdendo
O brilho da paixão e olor das rosas.
Vai longe a cegueira, estou vendo,
O imaginário arde brasas teimosas,
Rompe a beleza e vai mexendo
Com turvas águas ruidosas.
O mar toldando negro e bravio,
A bonança afugentada em vento frio,
E logo se afoga, a calma, no oceano.
Foi assim no início, belos amores,
Que já gozaram dias, beijos e flores,
Hoje só beijam beijos de tirano.
(YEHORAM)