Calará no meu pensamento

Tomara que os anjos saibam mentir

Que nos altos o planalto não revele

Que rios corram para longe de mim

Que não lavem a cor desta tua pele

Pecado é amar e não poder enxergar

Cala, pois não pode falar! Entre, erre

Se desespere, e logo após me espere

Quem sabe eu ainda vá chegar por lá

Calará-me a tua febre, me aquecerá

O meu corpo dançará em teu ventre

Noutro sol beijarei você, me possuirá

Não podemos fugir, nem fingir sempre

Nada mais será como um mesmo luar

Estrelas decaem num céu que não há

Sejam sempre bem vindos!

Enquanto o final do Pena de Morte não vem, brincando de escrever falsos sonetos, falsos e tão verdadeiros...

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