Repleto de si

Nem notei a falta de aceno e de adeus.

Andei ocupada demais, a colar os cacos.

Uma dor colossal, em silêncios só meus.

Fragmentos de tempos, vis, rasgados.

Por isso respeito teus outros “contornos”

E não me surpreende a fartura de mel

Só lamento que compre amor com suborno

Pois amor não se compra, é presente do céu.

Não foi demissão, então, sem garantia.

Virando o jogo, sabe a dor que causou.

Já que o colo, mesmo disperso, o acalentou.

Tanto sentimento, não foi só poesia.

E o que chama de paixão, era puro amor.

E nem com suas farpas, vai virar rancor.

DanielFCosta
Enviado por DanielFCosta em 15/11/2012
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