À UMA FLOR...
Pela janela, um sol terno e morno,
Espreita o cálido e cheiroso ninho,
Uma luz branda se derrama em torno,
Do seu corpo, deitado sobre o linho.
Só uma seda fina, nenhum adorno,
Suave é seu sono em belo desalinho,
Sob a seda as perfeições do contorno
Que prende e enebria mais que o vinho.
Pelo perfume doce que se tinha,
Nus e belos seios, se adivinha:
Deste jardim é a flor mais formosa.
Esta cena de graça e de venturas,
Emociona até os anjos nas alturas,
Qu'encantados dirão seu nome... Rosa.