Súplicas
Em órbita comparte a nova lua;
— Das linhas apartar-te é inevitável?
Se poetizas anelos invioláveis
E vós sois a arte em prosa crua!...
Se no puro versar vós poetáveis;
Há aroma e tons mates no clima;
Tornar-me-ei vós somas desejáveis?
Na proeza dos vates e nas rimas.
No soneto, tuas vestes em curas.
Versejaríeis impura para as juras?
Aprazível presteza; — inviolável!...
Sois destreza pura, linhos em fulgura.
E foram-se as noites de amargura!...
— Ó lirismo de pureza formidável!...
(Airton Ventania)