PERPETUIDADE
Desperto. O sol entra pela janela.
Sinto o fulgor, no ar da primavera,
a dispersar, furtivo, uma olhadela,
naquele espaço, em ansiosa espera.
Brilham seus raios que o calor revela
e o mago símbolo daquela esfera,
grande figura deste sentinela,
no ardor do brilho, em ondas reverbera.
Em ondas flui, também, meu pensamento,
a relembrar tão forte sentimento
que certo dia aproximou nós dois...
E hoje presto, sem um só lamento,
com total firmeza, nobre juramento:
- NADA FINDOU!... SEMPRE HAVERÁ DEPOIS...