PERPETUIDADE

Desperto. O sol entra pela janela.

Sinto o fulgor, no ar da primavera,

a dispersar, furtivo, uma olhadela,

naquele espaço, em ansiosa espera.

Brilham seus raios que o calor revela

e o mago símbolo daquela esfera,

grande figura deste sentinela,

no ardor do brilho, em ondas reverbera.

Em ondas flui, também, meu pensamento,

a relembrar tão forte sentimento

que certo dia aproximou nós dois...

E hoje presto, sem um só lamento,

com total firmeza, nobre juramento:

- NADA FINDOU!... SEMPRE HAVERÁ DEPOIS...

Orguiss
Enviado por Orguiss em 02/03/2007
Código do texto: T398641
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